Suspeito de mandar executar empresário em restaurante é preso em hospital na Bahia; vítima tinha mais de 1 milhão de seguidores
20/11/2025
(Foto: Reprodução) Empresário foi morto a tiros em Feira de Santana
Redes sociais
Um homem suspeito de mandar executar o empresário Marcos Edilho Pereira Marinho foi preso na quarta-feira (20), em um hospital de Salvador. A vítima foi morta a tiros em maio de 2023, em um restaurante na Avenida Fraga Maia, em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia.
Segundo informações da Polícia Civil (PC), o suspeito, identificado como Oswaldo Benites Filho, teve a prisão preventiva cumprida no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, onde estava internado após sofrer um atentado na cidade de Ibotirama, na região oeste. A prisão preventiva foi decretada pela Vara do Júri de Feira de Santana.
Após troca de informações entre policiais de Feira e da capital, foi confirmado que o suspeito havia dado entrada no HGE após ser baleado. Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Salvador foram até o hospital e cumpriram o mandado no próprio leito onde Benites Filho estava internado.
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Após receber alta, ele será encaminhado para uma unidade prisional, onde ficará à disposição da Justiça.
Relembre o caso
Marcos Marinho, de 39 anos, era empresário do ramo de consultoria e acumulava mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, onde compartilhava trabalho, viagens e rotina pessoal. Ele foi morto no dia 12 de maio de 2023, logo após almoçar com a esposa em um restaurante da Avenida Fraga Maia.
Em seguida, quando estava na parte externa do estabelecimento, em frente ao local de acesso ao restaurante, homens se aproximaram em uma picape e efetuaram disparos com arma de fogo. O crime foi registrado pela câmera de segurança do estabelecimento. [Veja o vídeo abaixo]
Câmera de segurança registra momento do assassinato de empresário na Bahia
Marcos foi atingido na cabeça, tórax e abdômen e morreu na hora. Apesar de terem efetuado diversos tiros, nenhuma outra pessoa foi ferida na ação.
O delegado responsável pela investigação na época informou que a vítima portava uma arma dentro de uma mochila no momento do crime. A pistola tinha registro em nome dele na Polícia Federal, mas a polícia investiga o motivo de ele carregar o armamento fora dos locais autorizados, já que a permissão era apenas para uso na residência ou no próprio comércio.
Além do suspeito Oswaldo Benites, a investigação também aponta a participação de outros dois homens, todos denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.
Conforme a polícia, o crime teria relação com ciúme e desavenças pessoais apresentadas como cobrança comercial. Os envolvidos já eram citados em outros inquéritos e, segundo as apurações, podem estar ligados a atentados contra um ex-cunhado da vítima em 2022.
Um comerciante de 37 anos chegou a ser preso em 2023 por suspeita de emprestar sua oficina para que o grupo se reunisse antes do crime. Ele foi liberado após audiência de custódia.
Quem era Marcos Marinho?
Empresário é morto a tiros em Feira de Santana na Bahia
Redes Sociais
Marcos era dono de uma empresa de consultoria de negócios e era bastante ativo nas redes sociais. Em uma delas tinha um milhão de seguidores.
Nessas redes, ele se apresenta como CEO do grupo Star Holding, de consultoria e negócios, e compartilhava momentos de viagens, trabalho e de diversão. Nas fotos, ele aparecia com animais, armas e com os filhos.
Momentos antes de ser morto, ele havia postado fotos do prato que comia e marcou o perfil do restaurante, que compartilhou a publicação. "O trem é gostoso demais", escreveu.
De acordo com a Polícia Civil da cidade, Marcos respondia por dois processos por estelionato em Minas Gerais e havia acabado de passar por um processo de separação.
Com quem ele estava no momento do crime?
O empresário estava acompanhado da esposa no restaurante, que fica na Avenida Fraga Maia, uma das principais de Feira de Santana. Porém, no momento do crime, a mulher estava no estacionamento do estabelecimento.
Ela foi ouvida pela polícia e teve o celular apreendido um dia após o crime, mas o conteúdo do depoimento não foi divulgado.
As apurações seguem para esclarecer o envolvimento dos demais suspeitos e possíveis vínculos do grupo com outros crimes na região.
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