Mandante de homicídios e vendedor de armas e drogas: conheça suspeito de chefiar facção na BA preso em motel no RJ
11/10/2024
Homem foi encontrado com mais três suspeitos em um motel às margens da Avenida Brasil. Suspeito de chefiar organização criminosa em Salvador é preso em motel no Rio de Janeiro
Jeimes Cassiano Lisboa, apontado como um dos chefes de uma facção criminosa com atuação em Salvador, foi um oito presos na quarta-feira (10), durante a Operação Êxodo. A ação procurou traficantes do Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Conhecido como "Jeimes" e "Lavezzi", o investigado foi encontrado com mais três suspeitos em um motel às margens da Avenida Brasil. Eles estavam com duas mulheres e uma adolescente, que não foram presas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Jeimes Cassiano tinha dois mandados de prisão em aberto e atuava no bairro da Mata Escura, na capital baiana, no comércio ilegal de armas e tráfico de entorpecentes. Ele também determinava homicídios de rivais e roubos, além de corromper menores.
Suspeito estava com dois mandados de prisão em aberto
Reprodução/Redes Sociais
De acordo com apuração da produção da TV Bahia, Jeimes Cassiano era um dos alvos prioritário da polícia baiana. Ele estava escondido no Complexo de Israel.
Jeimes tinha amizade com Alvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, considerado chefe do Terceiro Comando Puro, com 35 registros criminais. Ele já foi investigado, indiciado e denunciado, mas não foi encontrado durante a operação. Policiais foram até dois imóveis dele - um tem até lago artificial.
A polícia teve a informação de que Peixão estaria em uma das casas, contudo, ele conseguiu escapar.
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Jeimes Cassiano Lisboa era apontado como um dos chefes uma facção do bairro da Mata Escura
Reprodução/Redes Sociais
Quem é Peixão
Em 2020, durante a pandemia, Peixão batizou de Complexo de Israel a região da Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau, comunidades margeadas pela Avenida Brasil e onde vivem 134 mil pessoas.
O traficante mandou espalhar pela área dominada a estrela de Davi, símbolo judaico muito utilizado por determinadas vertentes evangélicas, e expulsou seguidores de religiões de matriz africana.
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Traficante Peixão frequentando uma igreja
Reprodução
Um relatório da Polícia Civil descreve Peixão “como o mandante de homicídios, torturas, invasões armadas a imóveis e regiões dominadas por facções rivais”. Além disso, ele “monta e administra toda a sistemática das arrecadações dos aluguéis e taxas de funcionamento de comércio e serviços no Complexo de Israel”.
A quadrilha de Peixão é investigada por organização criminosa, tráfico de drogas e roubo. O processo tramita na Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
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