'Igreja de Ouro' tem obras prorrogadas em Salvador; atividades começaram após desabamento matar turista
29/10/2025
(Foto: Reprodução) Parte de teto de igreja de ouro desaba
Reprodução
As obras de reparação da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como "Igreja de Ouro", no Centro Histórico de Salvador, foram prorrogadas por quatro meses, de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O local entrou em obras após o forro do teto desabar e matar uma turista de 26 anos.
As obras só serão finalizadas em fevereiro de 2026, cerca de um ano após o acidente que matou a a turista Giulia Panchoni Righetto, de Ribeirão Preto, em São Paulo.
Na ocasião, Giulia estava sentada em um dos bancos da igreja e admirava o teto, quando foi atingida pelos escombros. Além dela, outras cinco pessoas foram atingidas e ficaram feridas. (Relembre o acidente ao fim da reportagem)
ANTES e DEPOIS: veja como era e como ficou 'igreja de ouro' após desabamento do teto
A previsão de conclusão da obra da Igreja de Ouro seria neste mês de outubro, cerca de sete meses após o acidente. Até agora, já foram gastos R$ 1,3 milhão com as obras. O valor foi investido em:
escoramento;
limpeza;
avaliação estrutural;
proteção dos elementos artísticos do monumento.
Obras da igreja de São Francisco são prorrogadas por 4 meses
De acordo com o Iphan, um Termo Aditivo para prorrogação dos trabalhos emergenciais foi assinado em 6 de outubro. A complementação só pôde ser identificada com o desenvolvimento das obras emergenciais.
A prorrogação das obras leva em conta, principalmente, a substituição das telhas. O Ministério da Cultura liberou mais R$ 1 milhão para que as obras sigam com as seguintes etapas:
substituição de 90% das telhas cerâmicas;
substituição de parte do madeiramento leve de suspensão da cobertura;
consolidação estrutural das tábuas do forro.
Relembre o acidente
Parte de teto de famosa 'igreja de ouro' do Centro Histórico de Salvador desaba
Na tarde do acidente, diversos turistas visitavam a igreja e o seu entorno, no Centro Histórico de Salvador. O templo fica no Largo do Cruzeiro de São Francisco, uma área com sorveteria e restaurantes no Pelourinho.
Na ocasião, Giulia Panchoni Righetto, natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, passeava no local com o namorado e um casal de amigos. A amiga de Giulia também foi atingida pelos escombros e ficou ferida.
Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, morreu em Salvador
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Dois dias antes do desabamento, o frei Pedro Júnior Freitas da Silva, que ocupa a função de guardião-diretor da igreja, havia alertado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre uma "dilatação" no forro do teto e pediu uma vistoria. A visita estava marcada para o dia 6 de fevereiro, um dia depois do desabamento.
Segundo o presidente do instituto, Leandro Grass, a solicitação da igreja foi feita pelo protocolo normal, que não é o caminho para o caso de uma urgência.
O diretor da Defesa Civil de Salvador, Sósthenes Macedo, reforçou que o poder público sabia que havia algumas partes comprometidas na estrutura, contudo, sem riscos de desabamento, por isso o espaço não estava interditado.
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